Rinoplastia Estética
INDICAÇÃO: Remodelagem do tamanho e forma do nariz, a fim de obter uma proporcionalidade com a face. Em geral são tratados dorso (osso e cartilagem) e ponta nasal (cartilagens) bem como asas nasais e septo. É uma cirurgia fascinante e complexa, exigindo experiência, noções de proporção e apurado senso estético. Aspectos individuais, raciais e estruturais da face devem sempre ser considerados.
PROCEDIMENTO: Por incisões internas, as estruturas de sustentação (cartilagens e ossos) são remodeladas a fim de proporcionar forma e tamanho ao nariz. Pequenas incisões externas podem ser realizadas para tratamentos específicos (estreitamentos das narinas). Fraturas dos ossos laterais são realizadas para estreitar a base do nariz. Pode ser associado com procedimentos funcionais (desvios de septo, aumento de cornetos – “carnes esponjosas”). Em casos difíceis ou secundários, pequena incisão externa entre as narinas pode ser necessária a fim de elevar a pele do nariz e assim se obter melhor visualização de todas estruturas internas.
TEMPO: Varia de 1 a 2 horas. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local com sedação ou Geral.
PÓS-OPERATÓRIO: Curativo com fitas adesivas (micropore) e gesso ou placa acrílica (quando há fraturas dos ossos) por 7 a 15 dias. Bolsa de gelo nas primeiras 48 horas. Repouso com cabeceira elevada. Descongestionantes nasais. Evitar esforços físicos no primeiro mês. Pode haver dificuldade respiratória transitória (pelo inchaço das mucosas internas). Hematomas regridem em 2 a 3 semanas. Não é necessário retirar pontos (exceto quando incisões externas – retirada em 7-10 dias).
RESULTADO: Em geral após 3 meses há regressão do edema, embora com persistência principalmente na ponta do nariz. De 3 a 6 meses obtém-se a forma final definida.
Rinoplastia Funcional (Desvios)
Quando há dificuldade respiratória em uma ou ambas narinas devido à desvios de septo (septoplastia), presença de esporões de osso internos, desvio dos ossos para um dos lados, de origem genética ou pós-trauma, condições onde se faz necessário o tratamento do septo ósseo e cartilaginoso, bem como outras cartilagens do nariz. Presença de cornetos internos aumentados de tamanho – hipertrofiados (“carnes esponjosas”) exigem tratamento funcional complementar, em geral executados por médico Otorrinolaringologista. Traumas ou tumores que destroem as cartilagens, doenças infecciosas, entre outras, são condições onde se fazem necessárias cirurgias reconstrutivas do nariz, tanto das estruturas de sustentação (ossos e cartilagens) como de cobertura da pele (retalhos de pele da face ou enxertos).
Cirurgia Íntima (Ninfoplastia)
Consiste basicamente na remodelação dos grandes e pequenos lábios vaginais, a fim de aumentar o volume ou diminuir quantidade de pele no local.
Os grandes lábios (vulva) podem ser aumentados no seu volume através de lipoenxertia (enxerto de gordura) ou preenchedores tais como ácido hialurônico. Ou quando indicada diminuição do volume destes, bem como da região pubiana como um todo (“monte de vênus”), uma lipoaspiração localizada pode ser realizada, isoladamente, ou associada à outras cirurgias. É uma região bastante delicada e sensível, com uma rede de vasos sanguíneos importante, causando um intenso edema e hematoma no pós-operatório, que involui sozinho dentro de 1 a 2 meses.
Já com relação aos pequenos lábios (mais internos, próximos à vagina), uma frequente solicitação por parte das pacientes é a redução da quantidade de pele e mucosa que muitas vezes, em excesso, fica pendente, causando incômodo e constrangimento. A cirurgia é bastante simples, podendo ser inclusive realizada sob anestesia local, onde remove-se o excesso de pele e mucosa do local, deixando aspecto mais natural para a abertura vaginal, com sutura externa absorvível (sem necessidade de retirar pontos).
Cicatrizes Quelóides
Podem acometer qualquer local do corpo, mas mais frequentemente acometem face anterior do tórax (pré-esternal), ombros, braços, orelhas, abdômen inferior. Consistem numa cicatrização alterada (exagerada), de caráter genético, não transmissível, onde as células da cicatriz nova formam-se de maneira desordenada. Em geral associados à lesão prévia no local: lesões ou tumores cutâneos, cirurgias, queimaduras. O tratamento consiste em géis de silicone, compressão externa e infiltração de corticoide na cicatriz (quando pequena) e a resseção cirúrgica de lesões maiores, associado aos tratamentos antes citados devido à alta incidência de recidiva (retorno).
Cirurgia de Lóbulo
Para tratamento de fissuras em lóbulos causados por brincos (rasgos), cirurgia de rejuvenescimento com ressecção de excesso de lóbulo caído (ptose) – em geral associado à cirurgia de face (lifting), retirada de tumores ou cicatrizes queloides localizados nessa região. Tem caráter ambulatorial e pode ser realizada sob anestesia local.
Alterações da Forma das Orelhas
Cirurgias específicas e localizadas podem ser realizadas para tratamento de alterações no formato da orelha como um todo ou de alguma parte da orelha, como por exemplo alterações nos contornos das cartilagens – saliências, curvas e elevações internas da concha da orelha, lóbulo, etc. Em geral ambulatoriais, feitas sob anestesia local ou leve sedação.
Orelhas em Abano
INDICAÇÃO: Abertura exagerada das orelhas em relação à cabeça (orelha em abano). Pode ocorrer num lado apenas ou nas duas orelhas (mais frequente). As curvas naturais da parte superior da orelha podem estar rasas ou apagadas, conferindo um aspecto de “concha lisa”, contribuindo para o abano. Pode ser realizada a partir da idade pré-escolar, a fim de evitar constrangimentos sociais
para a criança.
PROCEDIMENTO: Através de incisão atrás da orelha, a cartilagem é remodelada a fim de ficar mais flexível, e depois é curvada para trás e fixa, ficando firme na nova posição. Pequeno excesso de pele atrás da orelha é retirado e é feita sutura externa.
TEMPO: 1 a 2 horas. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local com sedação ou Geral.
PÓS-OPERATÓRIO: Curativos locais e uso da faixa de crepe ou elástica, mantendo as orelhas coladas na cabeça, por 10 a 15 dias. Uso de faixa noturna por até 4 semanas a fim de evitar deslocamentos pelo travesseiro. A faixa ajuda a modelar a orelha na nova a posição, diminuindo a força natural da cartilagem em retornar à posição de origem. A pele da orelha fica pouco avermelhada, voltando à cor normal em 2-3 semanas.
RESULTADO: Imediato. As orelhas propositadamente são hipercorrigidas, ficando quase que coladas na cabeça, pois em poucas semanas abrem-se ligeiramente (diminuição do inchaço natural e relaxamento dos pontos), ficando em sua posição natural desejada, com uma abertura normal.
Elevação dos Supercílios
A queda dos supercílios ou posicionamento muito inferior, principalmente da cauda (parte lateral) destes transmite uma impressão de seriedade frequente, insatisfação, tristeza ou preocupação. Com o envelhecimento natural da musculatura motora dos supercílios, bem como frouxidão da pele, estes gradativamente tendem a cair (ptose), contribuindo eventualmente com a queda palpebral superior por excesso de pele. Alguns jovens já apresentam característica queda dos supercílios e pálpebras superiores, de origem constitucional (genética-familiar). Diversas técnicas dentre elas cirurgia de elevação por incisões justa-superciliares (Técnica de Castanhares), incisões frontais (dentro da linha do cabelo) ou por via endoscópica, uso de Botox®, fios de sustentação, etc. são bastante eficazes para a elevação dos supercílios, melhora da abertura ocular e suavização do olhar.
Olheiras / Depressões Palpebrais
Bolsas adiposas, aumento de pigmentação (hipercromia), excesso de micro vasos sanguíneos locais, depressões, de caráter constitucional (genético) ou relacionado a certas doenças ou grande perda de peso podem mostrar-se como olheiras, dando um “ar de cansaço” constante ou privação de sono. Diversas técnicas tratam ou amenizam tal situação, dentre elas cirurgia palpebral inferior, uso de peelings químicos, aplicação de lasers especiais (Erbium-Yag), preenchimento com Ácido Hialurônico, uso de luz pulsada, entre outros.
Correção de Queda Palpebral (Ptose)
INDICAÇÃO: Tratamento de queda das pálpebras provocado por frouxidão natural constitucional da musculatura elevadora das pálpebras superiores (mais comum em idosos), doenças neurológicas, uso de medicamentos anti-neoplásicos (tratamento de eucemias), traumatismos locais, diabete avançada, tumores no sistema nervoso central ou pulmonares, miastenia gravis (doença degenerativa que atinge inervação da musculatura de todo corpo com fraqueza progressiva), picada de animais peçonhentos (cobras), uso crônico de drogas (opióides), congênita (presente ao nascimento), etc.
PROCEDIMENTO: Através de incisão no sulco palpebral superior, separa-se a musculatura superficial orbicular e chega-se ao músculo elevador da pálpebra (mais profundo), onde uma sutura em bainha (plicatura) ou um encurtamento pode ser realizado a fim de promover a abertura palpebral necessária. Outra alternativa, principalmente em casos severos onde o músculo elevador está inativo, é a suspensão palpebral definitiva por meio de fios de silicone ou nylon, que fica sob a pele, presos na musculatura frontal (testa) ou do supercílio.
TEMPO: 30 minutos à 1 hora. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local (com ou sem sedação), geral (quando associada à cirurgia de face).
PÓS-OPERATÓRIO: Bolsas de gelo ou compressas geladas nos olhos nas primeiras 72 horas. Colírios lubrificantes se necessário. Evitar exposição solar. Uso de óculos escuros. Ardência e sensação de repuxamento são normais e desaparecem em poucas semanas. Retirada de pontos externos em 7-10 dias.
RESULTADO: de 1 a 2 meses. Hematomas (roxos) principalmente nas pálpebras inferiores regridem em 2 a 3 semanas. Inchaço regride também em poucas semanas. Inicialmente a pálpebra operada (tracionada) apresenta-se pouco mais aberta do que a outra, cedendo naturalmente alguns milímetros após algumas semanas.