INDICAÇÃO: Tratamento de queda das pálpebras provocado por frouxidão natural constitucional da musculatura elevadora das pálpebras superiores (mais comum em idosos), doenças neurológicas, uso de medicamentos anti-neoplásicos (tratamento de eucemias), traumatismos locais, diabete avançada, tumores no sistema nervoso central ou pulmonares, miastenia gravis (doença degenerativa que atinge inervação da musculatura de todo corpo com fraqueza progressiva), picada de animais peçonhentos (cobras), uso crônico de drogas (opióides), congênita (presente ao nascimento), etc.
PROCEDIMENTO: Através de incisão no sulco palpebral superior, separa-se a musculatura superficial orbicular e chega-se ao músculo elevador da pálpebra (mais profundo), onde uma sutura em bainha (plicatura) ou um encurtamento pode ser realizado a fim de promover a abertura palpebral necessária. Outra alternativa, principalmente em casos severos onde o músculo elevador está inativo, é a suspensão palpebral definitiva por meio de fios de silicone ou nylon, que fica sob a pele, presos na musculatura frontal (testa) ou do supercílio.
TEMPO: 30 minutos à 1 hora. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local (com ou sem sedação), geral (quando associada à cirurgia de face).
PÓS-OPERATÓRIO: Bolsas de gelo ou compressas geladas nos olhos nas primeiras 72 horas. Colírios lubrificantes se necessário. Evitar exposição solar. Uso de óculos escuros. Ardência e sensação de repuxamento são normais e desaparecem em poucas semanas. Retirada de pontos externos em 7-10 dias.
RESULTADO: de 1 a 2 meses. Hematomas (roxos) principalmente nas pálpebras inferiores regridem em 2 a 3 semanas. Inchaço regride também em poucas semanas. Inicialmente a pálpebra operada (tracionada) apresenta-se pouco mais aberta do que a outra, cedendo naturalmente alguns milímetros após algumas semanas.