Cicatrizes Quelóides
Podem acometer qualquer local do corpo, mas mais frequentemente acometem face anterior do tórax (pré-esternal), ombros, braços, orelhas, abdômen inferior. Consistem numa cicatrização alterada (exagerada), de caráter genético, não transmissível, onde as células da cicatriz nova formam-se de maneira desordenada. Em geral associados à lesão prévia no local: lesões ou tumores cutâneos, cirurgias, queimaduras. O tratamento consiste em géis de silicone, compressão externa e infiltração de corticoide na cicatriz (quando pequena) e a resseção cirúrgica de lesões maiores, associado aos tratamentos antes citados devido à alta incidência de recidiva (retorno).
Cirurgia de Lóbulo
Para tratamento de fissuras em lóbulos causados por brincos (rasgos), cirurgia de rejuvenescimento com ressecção de excesso de lóbulo caído (ptose) – em geral associado à cirurgia de face (lifting), retirada de tumores ou cicatrizes queloides localizados nessa região. Tem caráter ambulatorial e pode ser realizada sob anestesia local.
Alterações da Forma das Orelhas
Cirurgias específicas e localizadas podem ser realizadas para tratamento de alterações no formato da orelha como um todo ou de alguma parte da orelha, como por exemplo alterações nos contornos das cartilagens – saliências, curvas e elevações internas da concha da orelha, lóbulo, etc. Em geral ambulatoriais, feitas sob anestesia local ou leve sedação.
Orelhas em Abano
INDICAÇÃO: Abertura exagerada das orelhas em relação à cabeça (orelha em abano). Pode ocorrer num lado apenas ou nas duas orelhas (mais frequente). As curvas naturais da parte superior da orelha podem estar rasas ou apagadas, conferindo um aspecto de “concha lisa”, contribuindo para o abano. Pode ser realizada a partir da idade pré-escolar, a fim de evitar constrangimentos sociais
para a criança.
PROCEDIMENTO: Através de incisão atrás da orelha, a cartilagem é remodelada a fim de ficar mais flexível, e depois é curvada para trás e fixa, ficando firme na nova posição. Pequeno excesso de pele atrás da orelha é retirado e é feita sutura externa.
TEMPO: 1 a 2 horas. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local com sedação ou Geral.
PÓS-OPERATÓRIO: Curativos locais e uso da faixa de crepe ou elástica, mantendo as orelhas coladas na cabeça, por 10 a 15 dias. Uso de faixa noturna por até 4 semanas a fim de evitar deslocamentos pelo travesseiro. A faixa ajuda a modelar a orelha na nova a posição, diminuindo a força natural da cartilagem em retornar à posição de origem. A pele da orelha fica pouco avermelhada, voltando à cor normal em 2-3 semanas.
RESULTADO: Imediato. As orelhas propositadamente são hipercorrigidas, ficando quase que coladas na cabeça, pois em poucas semanas abrem-se ligeiramente (diminuição do inchaço natural e relaxamento dos pontos), ficando em sua posição natural desejada, com uma abertura normal.