INDICAÇÃO: Revolucionou a cirurgia plástica a partir de 1977, sendo possível tratar acúmulos de gordura localizada em praticamente qualquer local do corpo, com incisões mínimas e discretas, condição antes impossível sem grandes incisões. Permite a modelagem corporal, de forma prática e homogênea, como uma escultura viva (daí o nome Lipoescultura). As áreas mais frequentemente tratadas são abdômen, flancos, dorso, quadril, coxas, braços, tórax e papada. Além da retirada da gordura localizada, pode-se utilizar essa gordura para enxerto em áreas deprimidas (sulcos em face, sequelas de celulite severa, cicatrizes afundadas ou aderidas, sequelas de queimaduras e acidentes, etc.). Ou também pode ser reutilizada para aumento de volume em certas áreas faciais – corporais como face, lábios, queixo, mamas, glúteos, entre outras.
PROCEDIMENTO: Após infiltração das áreas a serem tratadas com uma solução para diminuir o sangramento, a gordura é aspirada com uso de cânulas finas através de incisões mínimas, ligadas a um aparelho de vácuo (aspirador). Por movimentos das cânulas, a área vai sendo remodelada. Pode haver tecnologia acoplada à técnica como, por exemplo, Laser (Laserlipólise), vibração elétrica ou pneumática (Vibrolipo). Após a retirada da gordura, esta pode ser processada por decantação ou centrifugação e ser reutilizada no próprio paciente, para enxertia em áreas com depressões (sulcos, depressões) ou para aumento de volume (glúteos, mamas, lábios).
TEMPO: 1 a 3 horas. Ambulatorial.
ANESTESIA: Local para pequenas áreas (mini-lipo ou LipoLight), peridural com sedação ou geral.
PÓS-OPERATÓRIO: Inchaço e hematomas estão sempre presentes. Curativos pequenos nas incisões, uso imprescindível de modeladores / cintas compressivas por 30 a 60 dias, drenagem linfática feita por profissional com experiência em pós-operatório, evitar exposição solar por no mínimo 30 dias, bem como atividade física intensa nesse período. Bolsas de gelo ajudam no alívio da dor e redução do inchaço. Áreas com roxos intensos (hematomas) são normais, principalmente nas partes mais inferiores, cedendo e desaparecendo totalmente em 3-4 semanas. Sempre se formam áreas endurecidas (fibrose) o qual é um processo normal de cicatrização interna. Tais regiões podem ser manejadas para diminuição da fibrose com auxílio de sessões de ultrassom. Se houver flacidez residual, esta pode melhorar com utilização de outros aparelhos tais como radiofrequência, infravermelho, sucção, etc.
RESULTADO: Varia de 3 a 6 meses. Há um edema endurecido importante no pós-operatório que cede e desaparece progressivamente, com auxílio das massagens e drenagem linfática. Ondulações são frequentes, regredindo e desaparecendo com o tempo.